Sei escrever tão bem poemas,
Como sei quem sou. Nada.
No entanto escrevo poemas,
E, no entanto continuo a ser.
Quem fui, quem sou, e quem serei,
Só a mim interessa.
Só me dou a mim, quem a mim se deu,
Nunca me recebeu.
Escrevo para me dar,
Dou quem não sou. Amam essa,
Que não sou, e quem sou,
Ninguém sabe.
Procuram por mim,
Encontram o oposto de mim.
Escrevo para me dar,
E dizem que não me dou.
Mas dou.
A ninguém.
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