E de repente voltas a relembrar, voltas a cair e a querer chorar, voltas a temer e a querer amar. é aí que desejas gritar na cara dela: "Tu és o meu primeiro amor, é algo teu. Leva-o e fica com ele." e desejas calar a vontade, a raiva, o sofrimento, e desejas calar o silêncio dela. e desejas não ter dito o que disseste, e desejas guardar o amor dela, esse que te mata, mas que te mantém vivo. E o amor é mesmo assim, fodido. Mata-nos lentamente ou destrói-nos violentamente, depois de nos ter arrebatado com a paixão e a loucura. e volta a magoar-nos e volta a acariciar-nos. e volta. e volta. e volta. e leva-nos pedaços e preenche-os com os de outros. mas é assim. o primeiro amor vai ser sempre o mais fodido. mas vais precisar de sentir novamente. de esquecer e de relembrar. de te manteres vivo e de chorares. de quereres cair e dizer chega. de dizer que ela é a única, é o teu primeiro amor. mas sabes que não vale a pena. ou então não sabes nada. e pedes desculpa. e pedes que ela não esteja tão perto. e pedes que ela não se vá embora. que esteja sempre ali. apagada e iluminada. queres que seja algo, que volte a ser algo. mas precisas de um novo amar, de novos lábios para beijar. e magoas. e magoas-te. e sabes que será sempre ela a enxugar-te as lágrimas. que te trará novamente o sorriso. e sabes que não a podes ter. e choras. e sais. e vais. e voltas. e ficas. não sabes por quanto tempo. mas ficas. e viras o mundo dela ao contrário. não tens o direito nem o dever. e ela pede que vás. e tu queres ficar mais que nunca. mas vais. e ela chora. e pede que venhas. e tu perdeste o rumo. estás cansado. mas voltas. afinal ela é o teu primeiro amor. e tu o dela.
9.02.2010
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2 comentários:
mas que lindo
o primeiro amor nunca se esqueçe, mesmo.
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