Vem sentar-te comigo, na Lua.
E descompassadamente fitemos a distância
Entre os nossos lábios
Que na vida tudo passa, e ainda não nos beijamos,
Beijemo-nos então!
Silenciosamente fazes deslizar a tua mão!
Entrelaçando-a na minha, Como crianças.
E é como se te visse, num rosto frágil
Numa sabedoria ingénua,
Tão tua, tão minha.
Mas desentrelacemos as mãos,
Não há nem ódio nem amor,
Agora, crianças adultas,
Amemo-nos tranquilamente,
Numa sabedoria rara.
Agora, sei que se quiséssemos,
Haveria beijos e abraços e amaços.
Mas sempre fomos mais que amor,
Sempre quisemos mais que amor,
Sempre quisemos tudo, menos amor.
Agora, a sombra da tua ausência faz-me
Lembrar de ti - ali sentado comigo, na Lua
Sem dor nem calor,
Dor porque me curei,
Calor porque me apaguei.
Hoje nada me faz sofrer, ao lembrar-me de ti,
Já não consigo lembrar-te de mim,
Já não consigo, ter-te prá sempre,
Já não há um sempre,
Nunca houve, nunca foste meu, nunca fui tua.
Fomos sempre crianças vivendo sonhos,
Sonhos de adultos!
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3 comentários:
Tenho um texto com ideias semelhante. Gostei mesmo, até o li duas vezes xD
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simplesmente mágico =)
adorei o blog!
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