Hoje tentei descobrir-me…
Deixei-me de teorias, tentei descobrir o que antes me parecia tão certo, porque mais uma vez tive vontade de mudar o mundo, este fogo que arde dentro de mim, uma vontade louca de desfazer tudo e voltar a construir cada pedacinho do mundo, inconstância que me faz tremer, que me faz querer sair e fugir, hoje olhei e tudo o que vi é o que tantas outras vezes vi, a mera imagem fotografada a que a mente se acostumou, mas os olhos já não a conseguem mais olhar, está a ficar desfocada, precisam de fugir e procurar um mundo novo, a inconstância que me faz ficar também, por amar o que vê, o que criou, então aí chegamos a um conjunto de ideias contrárias sem lógica alguma, a inconstância que me divide, entre o ir e o ficar, entre o fugir e apertar, entre o amar e esquecer, entre o agarrar e largar, a inconstância do medo, o medo que faz com que cinco minutos pareçam dez que tais não passam de apenas um, e esses que parecem sufocar-me, é a carência de novo ar, novo olhar, nova paisagem que me faz querer fugir, é a inconstância das palavras que te fazem duvidar do meu estado de inconstante, é como uma metade feita de mar e fogo, que ama quem a odeia, que não gosta de quem lhe ama, mas que também é frágil, quer o que não tem, e o que tem faz-lhe falta também, e o meu estado de inconstante não o consegues perceber, é como quem possui as quatro faces da Lua, que se expandem simultaneamente, inconstante foi a melhor palavra que arranjei! O que hoje ser, o que hoje sonhar, o que hoje amar, amanhã podem ser constantes inconstantes, que acabaram por se esquecer…
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1 comentário:
Hoje é amizade amanha pode ser amor*
Hoje é amor amanha pode ser odio*
Hoje é odio amanha pode ser indiferença*
Hoje é uma certeza amanha pode ser uma incerteza*
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