Quebrei-te, Quebraste

- Faz hoje uma semana.
Quebrámos com tudo o que nos ligava, com todas as palavras que se uniam e construíam a ponte de confiança entre nós, agora que nos resta a inteligência já não existem aqueles longos colóquios que nos mantinham acordados a noite toda, "as longas conversas não são feitas de inteligência, mas sim de confiança" (...)
Agora falas-me e eu não consigo ouvir-te, preferia que não dissesses nada, preferia que te mantivesses mudo, porque eu, eu não te consigo entender!
Quebrámos mais uma vez, tantas vezes, vezes demais!
Sempre te mantiveste a ver o nosso reflexo esperando que a luz do sol não desaparecesse, eu sempre corri atrás do sol, mantendo-nos visíveis, onde a tua mão pudesse agarrar a minha, onde nunca me pudesses deixar partir, nem cair, onde os teus lábios beijassem os meus! Onde o teu silêncio, fosse o maior grito, que nos mantivesse surdos, e tu não pudesses falar, talvez não terias, talvez não teria, cometido tantos erros, talvez não terias dito "Talvez um dia o sol ganha a corrida" E não, eu não teria chorado, não teria ficado a chorar, onde me perdeste, poderias ter poupado todas as (minhas) lágrimas, se me tivesses deixado cair enquanto dormia, talvez eu pensasse que seria um sonho, talvez acordasse noutro lugar, e nunca mais me lembrasse de ti, tantos talvez's, às vezes irrito-me a mim própria, pergunto-me porquê continuo a escrever para ti, e sinto-me estúpida, uma grandessíssima estúpida, e rasgo todos os papéis, rasgo todas as cartas, todas, as que são para ti, e reinvento outra história!
Depois de tantas! -

Sabes o que me irrita mais? Estas histórias parecerem tão reais!