Lost Time

Hoje o dia amanheceu com tons de cinzento. Sei que vou sentir o teu calor, o teu perfume, vou ouvir as tuas palavras, os teus suspiros, mas isso já não basta! Já não basta o (simples) querer, o ficar, o amar! Hoje vou pedir-te um pouco mais, não é uma prova, é um jogo, em que tens de arriscar para ganhar, arriscar na palavra -para sempre- essa que não consta do teu conjunto de palavras. Estás a perder-te de mim, sozinho, sem necessitares da minha ajuda, eu vejo-te a ir, desististes do jogo? Tiveste medo? Um medo sufocante, que parecem pragas do destino, aquelas que se agarram a nós, e nos fazem caminhar pelo caminho da morte, aquele onde não estou eu! Nem tu! O destino, esse é nosso, e só nosso! Miséria de palavras, fúteis!
(..)
Sabes já não quero o antes, o agora, nem o depois!
Sei la o que quero!
Ouço batidas da bateria que partistes por ironia! Ela continua a dar-me música, e tu? Continuas a dar-me (o mesmo) amor?
Ou é agora e para sempre, ou nunca! Arriscar e ficar, desistir e partir! Ironia do destino ou não! O ciclo repete-se, estamos por vezes onde não queremos estar!
Sentimos carências, da vida que não temos, são apenas sonhos e desejos, o agora é apenas isso: agora!
Um simples 'sinto a tua falta' soava bem, sabes!

Carências, é apenas isso!


"LOST TIME"